Será que a nossa mente pode provocar doenças?

Quando nossa mente, por meio de pensamentos e do estado emocional em conflito, ocasiona reações físicas como dores ou doenças, ocorre um processo que é conhecido como somatização, a partir de uma regularidade, passa a ser considerado um transtorno. Verifica-se que, nas pessoas que vão com essas queixas ao médico, não se encontra nada nos exames e nas avaliações.

Com frequência, as pessoas com o transtorno de somatização, apresentam ansiedade e alterações do humor, além de impulsividade. Assim, o medo acelera o batimento cardíaco, a preocupação transforma-se em uma dor de cabeça e, é típico que a pessoa já não diferencie suas emoções. Nesse contexto, mais importante do que os sintomas físicos específicos que a pessoa experimenta é a forma como interpreta e reage a eles e como afetam sua vida diária.

Diante dessa realidade, podemos verificar alguns resultados, a saber: Queda do sistema imunológico, dores no corpo, no pescoço e nas costas, problemas articulares, enxaqueca, formigamento nos braços e pernas, zumbido no ouvido, sensibilidade a luz e cheiros, insônia, problemas cardiorrespiratórios, dermatológicos (dermatites) e do sistema digestório (azia, refluxo, diarreia, respiratórios e alergias em geral).

Sob essa ótica, quem somatiza, percebe os sinais, mas não se dá conta do processo mental de forma clara, embora aspectos físicos e mentais estejam sempre conectados. Essa percepção provoca muito sofrimento e angústia, podendo, influenciar, negativamente, a perfomance pessoal, social, acadêmica e profissional, pois a pessoa investe muito tempo tentando encontrar as causas da sua doença, que é de fato emocional e não orgânica.

A partir dessa realidade, se verifica a importância de buscar alternativas que possam ajudar a ter um equilíbrio emocional. Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento deve incluir tanto o acompanhamento com o clínico geral, psiquiatra e psicoterapeuta.

Clarissa Pinto
Psicóloga- CRP: 13/3546